quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O Prato do Dia!

Noutro dia, aqui atrasado vá, estava eu a enviar o meu relaxante e reconfortador "fax" matinal, impregnado em introspeção resolutiva da problemática do viver, quando um objeto de cor vermelha, circunflexo e reluzente entra sorrateiramente pela divisão da intimidade e da reflexão, interrompendo o meu processo artístico de bem desinsuflar o interior.

Primeiramente e porque estava sozinho (pensava eu!) ocorreu-me o quão perigoso é enviar "faxs" de porta aberta! Posto isto, instintivamente, semi-elevo o meu organismo para corrigir essa situação mas, simultaneamente, irrompe pela mesma porta perseguindo o referido objeto, o Johnny! Claro está, que caso não estivesse eu já na fase de espera da impressão do confirmativo da entrega do "fax", o mesmo, seria enviado automaticamente e instantaneamente, sem prévia revisão do conteúdo, devido ao susto impulsionador de uma evacuação sem condicionalismos!

Quem é o Johnny? É o meu gato de seis meses!
Que objeto era aquele? Uma bola de enfeite da árvore natalícia!
Em quê que isto contribui para a vossa elevação enquanto seres humanos? Em nada!
Porquê que estou a partilhar isto convosco? Porque me apetece!

Ora, ainda estupefacto pela situação ocorrida e sem reação iminente, sou presenteado com um barulho similar ao início da terceira grande guerra, mas a dobrar, vindo da divisão do lar onde por norma procedemos à observação de aparelhos que condicionam o livre pensamento. Lembrei-me imediatamente da Walker!

Quem é a Walker? A minha gata de seis meses, irmã do meu gato de seis meses!
O que se passou? Ainda não sabia, estava apressadamente a subir a minha interioridade!
Possíveis causas do ruído? A Walker decidiu fazer merda ao mesmo tempo que eu!
Porque tenho dois gatos? Porque o dia começa melhor!

Posteriormente à obtenção do arranjo possível nestas emergências, desloco-me à velocidade do som (que continuava a chegar do local) ao sítio de todas as incertezas e morada do terror, para auxiliar, arranjar, resolver ou chorar a minha sorte. Sim, o que temia tinha sucedido, as mulheres são muito mais expressivas e efusivas e a "mana", pelo que pude nas duas horas subsequentes constatar, para além de ter subido pelo interior do ornamento, proporcionando assim, a brincadeira que me despertou, ao "mano", tinha de alguma forma, conseguido deitar por terra a fonte da curiosidade, de encontro à estante e à mesa, proporcionando-lhe um novo mundo de aventuras e o início do meu calvário dessa jornada...

Tinha, na altura, recebido o Prato do Dia!

Zeca

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