sexta-feira, 28 de março de 2014

Denúncia multimarca!

Como é jacaré, tudo bem?

Pois é, andam por aí uns estudos que afirmam que, consoante o período do dia o nosso ânimo é afectado e por consequência inerente, a nossa energia e calma! E isto vem a propósito de quê?

Ora, sem querer contradizer ou pôr em causa as conclusões dos cientistas no que concerne à psicologia e apenas pela minha experiência empírica, constatei que, independentemente da certeza das conclusões, em Portugal, estamos a ser alvo de uma fraude sem precedentes por parte das marcas automóveis comercializadas no nosso paraíso.

Analisei diversos binómios condutor/veículo, em diferentes localidades de norte a sul do paraíso e nos três períodos diários que possuímos por enquanto, de manhã, à tarde e naquele período escuro em que produzimos alguma coisa (Melatonina, por exemplo!) e efectivamente, não obstante o período específico do dia, o local e o condutor, independentemente do veículo, verifiquei que estes últimos, cá no paraíso, apesar de virem equipados com uns apetrechos designados como “indicadores de mudança de direcção”, mais comummente apelidados de “pisca-pisca” (geralmente comandados por um manípulo situado pelos folhos do volante), possuem um equipamento que apenas cumpre o seu desígnio visual e material, não sendo viável, tecnologicamente, a sua utilização para o fim com cujo intuito foram desenvolvidos. 

Eis que expus o porquê da abordagem do estudo psicológico, o defeito é do material!

Se facilmente se constata que seja de manhã, à tarde ou à noite, seja em um Mercedes S65 AMG conduzido pelo Sr. Professor Doutor Manuel Educado, seja no Fiat 147 a cair de podre, propriedade do Sr. José Trolha, seja na VCI, na Avenida Marginal de Cascais, em Portimão ou em Vilar Formoso (inclusive) - os filhos da puta dos piscas não funcionam - conclui que existe um esquema montado, em concertação multimarca, que escapa ao controlo das autoridades competentes, para poupar uns tostões às multinacionais do mundo automóvel!

Há, no entanto, alguns cidadãos do paraíso, como eu, que desafortunadamente (pois deve ter encarecido o preço do veículo) sem reparar, adquiriram um espécime com este tipo de equipamento funcional e que inexplicavelmente conseguiram desenvolver a complexa e extraordinária relação neuronal necessária ao seu correcto manuseamento…

Só porque o meu é dos funcionais é que ainda não denunciei o caso judicialmente, mas cá fica a denúncia virtual!


Zeca


quinta-feira, 27 de março de 2014

Agora a sério: Já leram o manual de socorrismo?

Aproximam-se as eleições europeias e neste contexto queria aqui deixar algumas instruções simples para quem esteja disposto a efectuar uma tentativa de salvar a vítima: a Europa!
Parece incongruente um moribundo sem qualificações (Portugal) tentar prestar auxílio à imolada, mas a alternativa de não fazer nada pode reforçar um quid pro quo igual ao Francês.

No caso desta acidentada é fundamental uma regra geral do socorrismo, mas para o socorrista (Portugal), a ditosa verificação da inconsciência! Sigam os seguintes passos (esta última palavra foi usada na construção específica da frase que pretendia, não possui, portanto, qualquer conotação política!);

Determinação do nível de consciência - Anote o tempo e a resposta ao que se segue, para verificar o estado do socorrista (Glasgow Coma Scale):

1. Olhos:

  • Estão abertos?
  • Abrem se mandarmos abrir?
  • Abrem como resposta à dor?


2. Movimento:

  • A vítima consegue mexer-se se a mandarmos?
  • A vítima mexe-se como resposta a um estímulo doloroso?
  • A vítima não executa qualquer resposta?


3. Fala:

  • A resposta a perguntas e em conversa é adequada (normal)?
  • A vítima está confusa?
  • A vítima usa palavras inapropriadas?
  • A vítima emite sons incompreensíveis?
  • A vítima não dá qualquer resposta?


[Nota: O diagnóstico da causa de inconsciência pode ser difícil ou impossível para o socorrista (sem duplo sentido!), mas isto não deve impedir ou atrasar o socorro de uma inconsciência.]

Na hipótese remota de estabilizar o socorrista, permita então que o mesmo se debata com o auxílio às queimaduras e escaldaduras da vítima principal, no entanto, e no caso de queimaduras pelo frio, preste especial atenção à possível situação de hipotermia, que sendo moderada pode, normalmente, ser invertida, no entanto, se a temperatura do continente descer abaixo dos 26 países ºC, a recuperação é improvável!


Zeca




quinta-feira, 6 de março de 2014

No meu tempo, ouvia música na rádio!

Hoje madruguei e fiz-me ao caminho cedinho, provalvelmente, efeito colateral de alguma virose que apanhei de ouvido! Liguei a telefonia do veículo e nas principais estações radiofónicas, aquelas que até nos carros de aluguer vêm pré sintonizadas, fui brindado com:

  • opiniões de seres humanos hiper inteligentes e super bem informados sobre o assunto que debatiam;
  • humor de fino recorte;
  • rubricas dos mais variados formatos;
  • publicidade até chegar o homem da fava rica;
  • altos patrocínios especificíssimos de serviços e produtos variadíssimos para um sem número de merdíssimas;
  • blocos noticiosos profundos e abrangentes;
  • fóruns de debates esclarecedores;
  • sete gajos a falar à vez ou todos ao mesmo tempo, durante 10 minutos (no meu tempo só havia um gajo na rádio, imagine-se, a passar música!) digladiando-se sobre as teorias da pissa;
  • E DUAS MÚSICAS INCOMPLETAS!

Quando cheguei ao meu destino, levava um enorme prurido no escroto (bolsa cutânea que contém os testículos e os epidídimos) e uma forte vontade de voltar a colocar no veículo a minha colecção de cds ou, quiçá, adquirir uma telefonia que deixa conectar um MP3 com quicacagalhões de músicas, e porquê?

Porque me desloquei aproximadamente 70 kilómetros motorizadamente e não consegui ouvir duas músicas (fossem elas quais fossem) completas!

Não me levem a mal, há muitos formatos e rádios de qualidade no ar hoje em dia, mas existe a internet (podcasts) para essas merdas poderem ser apreciadas com a devida atenção e critério, por forma a que um gajo que quer prestar atenção à sua condução enquanto ouve aleatoriamente uma música qualquer, possa ligar o rádio!

Zeca

terça-feira, 4 de março de 2014

Ninguém leva a mal!

Porque é Carnaval, abracemos a coboiada do corso carnavalesco da Autoridade Tributária e Aduaneira (Finanças, vá!) no que concerne ao veículo topo de gama que podemos conquistar se liderarmos o desfile!

Os virtuosos figurantes deste corso de Carnaval (nós!) são, por norma, já obrigados a utilizar a famosa Máscara de Venturi (máscara de uso médico que permite controlar a concentração de oxigénio administrado a um paciente) por forma a sobreviver através da oxigenoterapia tributária estatal, no entanto, e porque o que querem é folia, podem agora respirar, se bafejados pela sorte, dentro de um veículo que a maior parte não poderá sustentar (seja em combustível, manutenção ou impostos!) caso solicitem factura às cabeleireiras, aos mecânicos, na residencial ou no tasco!

[Nota carnavalesca em forma de aparte: Sabiam que em média, ao longo da vida e só na comissão de processamento do vosso empréstimo para habitação própria, quem o tenha (…aquelas comissões cobradas por uma operação informatizada realizada em micro segundos no Banco! Geralmente entre um e três euros!) gastam aproximadamente (por baixo) 1.000 Euros? E que as comissões de gestão de conta aumentaram 23% em cinco anos? Não me estou a referir a juros… E conhecem os benefícios fiscais das Instituições Bancárias? Sabem o que é uma aplicação Offshore? Sabem que o Principio da Igualdade Fiscal tem por base o princípio geral da igualdade previsto no artigo 13º da Constituição da República Portuguesa? (CRP - Artigo 13º – Principio da Igualdade: “1- Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei. 2- Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções politicas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.” Mais coisa, menos coisa! E em termos morais, o que pensará o mecânico, a cabeleireira, o dono da residencial e o proprietário da casa de morfes? O que são termos morais? O que é igualdade fiscal?]

É lógico que o corso está bem pensado, considerando os figurantes de que dispomos… Se fosse oferecida uma cadeira de rodas a quem precisa e não a pode adquirir, se o valor do prémio fosse deduzido em impostos pelo futuro próximo do contribuinte ou se revertesse para um fundo de ajuda social de qualquer espécie a quem realmente necessita, a aderência ao desfile seria ainda mais parca!

Temos, portanto, o cortejo que merecemos!

Vamos brincar mais um bocadinho ao Carnaval! Bora lá, para a coboiada!

Zeca